quinta-feira, 17 de junho de 2010

Gastronomia

Grande parte dos pratos neerlandeses tem a batata como ingrediente principal, que geralmente vem acompanhada de carnes e vegetais cozidos. Há grande quantidade de molho de carne sobre os alimentos, e temperos picantes não costumam fazer parte do cardápio. O consumo de laticínios como leite, queijo, requeijão e derivados é bastante comum entre os neerlandeses.

Cultura

Os Países Baixos têm tido muitos pintores renomados ao longo dos séculos. Durante o século XVII, quando a república neerlandesa era bem próspera, houve o surgimento de grandes artistas e aquela época ficou conhecida como a Era dos Mestres neerlandeses, entre eles, Rembrandt van Rijn, Johannes Vermeer, Jan Steen e Jacob van Ruysdael. Grandes Pintores do século XIX e XX foram Vincent van Gogh e Piet Mondriaan. M.C. Escher é um artista gráfico também muito conhecido por suas obras. Willem de Kooning nasceu e se aperfeiçoou em Roterdão, embora tenha conquistado sua fama sendo conhecido como um artista estadunidense. Um outro mestre dos Países Baixos é Han van Meegeren.
Na filosofia, o país deu ao Renascimento Erasmo de Roterdão; mais tarde, a tolerância religiosa permitiu que os talentos de Baruch de Espinoza e René Descartes florescessem.

A pintura "A Noite Estrelada" de Vincent Van Gogh (1854-1890)
Na Idade de Ouro, a literatura neerlandesa também floresceu, com Joost van den Vondel e P. C. Hooft como os nomes mais famosos. No século XIX, Multatuli descreveu o mau tratamento dos nativos na Indonésia uma das colônias neerlandesas. Autores importantes do último século incluem Harry Mulisch, Jan Wolkers, Simon Vestdijk, Cees Nooteboom, Gerard van het Reve e Willem Frederik Hermans. O Diário de Anne Frank também foi escrito nos Países Baixos.
Réplicas de prédios neerlandeses encontram-se na Vila Holandesa, em Nagasaki, Japão. Uma Vila Holandesa similar está sendo construída em Shenyang, China.
Os moinhos de vento, as tulipas, os tamancos de madeira, o queijo (especialmente Edam e Gouda) e a cerâmica de Delft estão entre os principais itens relacionados a cultura dos Países Baixos.

Turismo

Amsterdã, a capital oficial, é um dos destinos mais procurados pelos turistas, que certamente deverão se render ao transporte mais utilizado no país: a bicicleta. Tem como principais atrações o museu Van Gogh, a Casa de Anne Frank, vários museus, bares e casas noturnas.

Territórios

Os Países Baixos possuem dois territórios autônomos no Caribe - independentes no que se refere a assuntos internos, mas submetidos ao controle central em questões de defesa e assistência mútua. São as Antilhas Neerlandesas e Aruba.

Divisões Administrativas

Os Países Baixos estão divididos em 12 regiões administrativas, também chamadas províncias; cada uma tem à sua frente um governador, que é chamado Comissário do Rei ou da Rainha:

Províncias dos Países Baixos.
Groninga (em neerlandês Groningen) - Nordeste; capital: Groninga
Frísia (em frísio Fryslân e em neerlandês Friesland) - No Norte capital: Leeuwarden (Ljouwert)
Drente (em neerlandês Drenthe) - nordeste, sul de Groninga; capital: Assen
Overijssel - leste, sul de Drenthe; capital: Zwolle
Flevolândia (em neerlandês Flevoland) - central, no IJsselmeer; capital: Lelystad
Guéldria ou Güéldria (em neerlandês Gelderland) - centro-este, sul de Overijssel; capital: Arnhemia
Utrecht - central; capital: Utrecht
Holanda do Norte (em neerlandês Noord-Holland); capital: Haarlem
Holanda do Sul (em neerlandês Zuid-Holland), ao sul; capital: Haia ('s-Gravenhage ou Den Haag, em neerlandês)
Zelândia (em neerlandês Zeeland) - sudoeste; capital: Midelburgo (ou Middelburg, em neerlandês)
Brabante do Norte (em neerlandês Noord-Brabant); capital: Bosque do Duque ('s-Hertogenbosch ou Den Bosch, em neerlandês)
Limburgo (em neerlandês Limburg) - sudeste; capital: Maastricht
Todas as províncias, por sua vez, subdividem-se em municípios (gemeenten), que são 467.

Religião

Os Países Baixos são um dos mais seculares países do Oeste europeu, com apenas 39% de sua população pertencente à alguma religião. Ainda assim, menos de 20% freqüenta regularmente suas respectivas igrejas.[12]
De acordo com a pesquisa da Eurobarômetro de 2005,[13] 34% dos cidadãos neerlandeses responderam que "acreditam existir algum deus", 37% respondeu que "acreditam que exista algum tipo de força" e 27% que "não acreditam que exista nenhum tipo de força superior, deus ou nada espiritual".
Em 1950, a maioria dos cidadãos neerlandeses se declaravam cristãos, sendo que dos 13 milhões de habitantes na época, um total de 7.261.000 pertencia às denominações Protestantes, 3.703.000 à Igreja Católica Romana e 1.641.000 sem religião conhecida.
Entretanto, as escolas cristãs ainda são financiadas pelo governo e por outros três partidos políticos presentes no parlamento neerlandês (CDA, ChristianUnion e SGP), que têm suas políticas internas baseadas na crença cristã.

Demografia

Um aspecto notável do país é o fato de ser extremamente plano. Aproximadamente metade do território fica a menos de 1 metro acima do nível do mar, e boa parte das terras estão de fato abaixo do nível do mar. O ponto mais baixo, Nieuwerkerk aan den IJssel, perto de Roterdão, localiza-se a um nível de 6,76m abaixo do nível do mar. O ponto mais alto, Vaalserberg, na fronteira sudeste, localiza-se a uma altitude de 321 m. Muitas áreas baixas estão protegidas por diques e barragens. Partes dos Países Baixos, inclusive quase toda a moderna província da Flevolândia, foram conquistadas ao mar - estas áreas são conhecidas como pôlderes. O país é cheio de canais e o transporte fluvial torna-se um dos principais meios de exportação e importação.

A localização geográfica dos Países Baixos é bastante favorável em relação à Europa. Do aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, é possível chegar a Berlim, Londres ou Paris em apenas uma hora de vôo.

O país é dividido em duas partes principais pelos rios Reno (Rijn), Waal e Mosa (Maas). Há muitos dialetos falados a norte e sul desses grandes rios.

Os ventos predominantes no país são de sudoeste, o que causa um clima marítimo moderado, com verões agradáveis e invernos suaves.

Geografia

Um aspecto notável do país é o fato de ser extremamente plano. Aproximadamente metade do território fica a menos de 1 metro acima do nível do mar, e boa parte das terras estão de fato abaixo do nível do mar. O ponto mais baixo, Nieuwerkerk aan den IJssel, perto de Roterdão, localiza-se a um nível de 6,76m abaixo do nível do mar. O ponto mais alto, Vaalserberg, na fronteira sudeste, localiza-se a uma altitude de 321 m. Muitas áreas baixas estão protegidas por diques e barragens. Partes dos Países Baixos, inclusive quase toda a moderna província da Flevolândia, foram conquistadas ao mar - estas áreas são conhecidas como pôlderes. O país é cheio de canais e o transporte fluvial torna-se um dos principais meios de exportação e importação.
A localização geográfica dos Países Baixos é bastante favorável em relação à Europa. Do aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, é possível chegar a Berlim, Londres ou Paris em apenas uma hora de vôo.
O país é dividido em duas partes principais pelos rios Reno (Rijn), Waal e Mosa (Maas). Há muitos dialetos falados a norte e sul desses grandes rios.
Os ventos predominantes no país são de sudoeste, o que causa um clima marítimo moderado, com verões agradáveis e invernos suaves.

História

presença antiga do homem nesta região é atestada por monumentos megalíticos (dólmens) e túmulos da idade do bronze e por campos de urnas funerárias da idade do ferro. Na época da ocupação romana, que se mantém até ao século IV, a região dos Países Baixos era povoada por tribos célticas e germânicas. Os Saxões estabelecem-se a leste dos futuros Países Baixos e os Francos ocupam os territórios meridionais. A cristianização só se completa no final do século VIII, com a submissão destes povos a Carlos Magno. A administração carolíngia permite o desenvolvimento da atividade económica, enquanto nasce uma indústria têxtil.

Mapa das Dezessete Províncias (1477).
No reinado de Carlos V, Sacro Imperador Romano e rei da Espanha, a região era parte das Dezessete Províncias dos Países Baixos, abrangendo a maior parte do que hoje é a Bélgica. À proclamação da independência (União de Utrecht, 1579; abjuração da soberania espanhola, 1581), no reinado de Filipe II, seguiu-se a guerra de independência. A assinatura, sob Filipe IV, do Tratado de Münster pôs fim à Guerra dos Oitenta Anos. O império espanhol reconheceu a República Holandesa dos Países Baixos Unidos, governados pela casa de Orange-Nassau e os Estados Generais, que anteriormente foram uma província do império espanhol. Os Países Baixos tornaram-se assim a primeira nação européia a assumir uma forma de governo republicana.
Ainda que o novo Estado exercesse autonomia apenas sobre as províncias do norte, a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos desenvolveu-se e tornou-se uma das mais importantes potências navais e econômicas do século XVII. Neste período, conhecido como o Século de Ouro, os Países Baixos estenderam suas redes comerciais por todo o planeta, estabelecendo colônias em lugares tão distantes quanto Java e o nordeste brasileiro (Brasil neerlandês).

Roterdã após os ataques aéreos alemães em 1940.
Eclipsada pela ascensão britânica durante o século XVIII, a região foi mais tarde incorporada ao império francês sob Napoleão Bonaparte. Após o Congresso de Viena (1815), o Reino Unido dos Países Baixos foi criado, incluindo os atuais Bélgica e Luxemburgo. A Bélgica conseguiu sua independência em 1830; o Luxemburgo, que seguia regras sucessórias distintas, seguiu seu próprio caminho após a morte do rei Guilherme III. Já no século XIX, os Países Baixos industrializaram-se mais lentamente do que os países vizinhos.
Embora tenham se mantido neutros durante a I Guerra Mundial, os Países Baixos foram fortemente envolvidos na guerra. [9] Alfred von Schlieffen tinha originalmente planejado invadir os Países Baixos, enquanto avançava pela França, no Plano Schlieffen original. Isso foi alterado por Helmuth von Moltke, o Jovem, a fim de manter a neutralidade neerlandesa. Mais tarde, durante a guerra, a neutralidade neerlandesa provou ser essencial para a sobrevivência alemã, até o bloqueio integrado pelos Estados Unidos e Grã-Bretanha em 1916, quando a importação de mercadorias através dos Países Baixos já não era possível. No entanto, os neerlandeses foram capazes de manterem-se neutros durante a guerra usando a sua diplomacia e sua capacidade de negociar.[9]
Já na Segunda Guerra Mundial o país foi ocupado pela Alemanha Nazi em maio de 1940, sendo libertado somente em 1945. No pós-guerra, a economia reergueu-se, e o país ingressou em organizações como o Benelux, a Comunidade Económica Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Sediando, em Maastricht, a assinatura do Tratado da União Européia, o país foi um de seus membros fundadores, e aderiu ao euro em 1999, com a moeda em circulação a partir de 2002.